Perder alguém é quase como perder um órgão vital. É perder tudo aquilo que esse órgão nos possibilitava, é perder todas as oportunidades e momentos que poderíamos viver porque tínhamos aquele órgão, porque existia algo que nos apoiava e que não nos deixava afundar. E quando esse órgão deixa de funcionar, quando nós estamos em risco e não sabemos aonde nos devemos agarrar e o que devemos fazer, existem os transplantes. São novos órgãos, que tentam substituir o que perdemos, que tentam de alguma forma restabelecer-nos e fazer-nos esquecer que algo mudou. Mas esses transplantes podem ser rejeitados, e nós podemos nunca vir a recuperar completamente daquela perda. Porque existem órgãos, existem pessoas, existem dimensões, que são impossíveis de substituir.
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